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‘Imortal’ Ailton Krenak declara Maricá cidade-irmã dos povos indígenas

Primeiro imortal indígena da ABL participou do “Brasil Cocar”, ao lado de líderes das aldeias do município

Ailton Krenak, escritor, filósofo e primeiro imortal indígena da Academia Brasileira de Letras(ABL), declarou Maricá como a cidade-irmã dos povos indígenas durante a celebração “Brasil Cocar”, realizada na última sexta-feira (26/04) no Centro de Artes e Esportes Unificados (Ceu), na Mumbuca. Ao lado de lideranças das aldeias Tekoa Ka’Aguy Ovy Porã (Mata Verde Bonita) e Tekoa Ara Hovy(Céu Azul), da etnia Guarani, o imortal indígena foi o convidado especial do evento organizado pela Prefeitura de Maricá, que encerrou as comemorações do mês dos Povos Indígenas.
“Maricá abraçou a cultura indígena e apoiou para que eles possam prosperar e fazem parte de uma constelação de aldeias que está no país inteiro. Maricá é uma estrela dessa constelação. É uma cidade-irmã de todas as aldeias indígenas que ela quiser se declarar irmã. Viva! Vocês podem incluir essa novidade em sua bandeira e ser uma cidade-irmã de todos os territórios que quiserem conviver”, declarou Krenak, que recebeu de presente o livro “Yuyrupa – a sabedoria Mbya Guarani, desconstruindo preconceitos e transformando Maricá”, elaborado por crianças que vivem nas duas aldeias.
O escritor se disse surpreso com as iniciativas de coletividade do povo de Maricá e ressaltou que a cidade pode ser um farol na relação com os municípios e estados vizinhos. “Estou muito honroso em poder fazer parte desse coletivo que prestigia o mês dos Povos Indígenas. Viva esse município que investe na educação e na cultura, além de tudo que recebe todos os tipos de povos de braços abertos”, completou.
O evento contou com feira de artesanato e exposição e venda de peças e acessórios produzidos por indígenas das duas aldeias do município. O coral da aldeia Mata Verde Bonita, com 14 indígenas, entre crianças, adolescentes e adultos, fez a abertura da cerimônia.
“É muito grandioso saber que em Maricá somos valorizados e reconhecidos. O povo indígena tem uma linda história e não foram os portugueses que descobriram o Brasil e, sim, os índios que aqui já estavam. Continuaremos lutando para que a coletividade fale mais forte, pois o Brasil será melhor para todos se plantarmos a coletividade. Maricá é uma cidade diferente, uma cidade coletiva e que tem nome indígena. Obrigada por acreditarem na cultura e na arte do nosso povo”, disse Darcy Tupã, liderança indígena da aldeia Mata Verde Bonita.
O cacique da aldeia Céu Azul, Vanderlei Weraxunu, destacou a importância e a oportunidade do evento para o seu povo.
“Quando estamos presentes para poder conversar com vocês e repassar nossas histórias, lutas e conhecimentos, isso nos fortalece. Agradeço muito por esse evento e a Maricá, que é o único município do Brasil que abraçou a causa e nos aceitou. Aqui sentimos que temos oportunidade e liberdade de expressar nossas ideias e sentimentos”, destacou.

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