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É normal a criança ter amigos imaginários?

A presença desses companheiros invisíveis ainda causa curiosidade e, por vezes, preocupação entre os pais

Amigos imaginários são comuns na infância e fazem parte do desenvolvimento saudável de muitas crianças. No entanto, a presença desses companheiros invisíveis ainda causa curiosidade e, por vezes, preocupação entre os pais. Para entender melhor esse fenômeno, conversamos com especialistas na área e buscamos o parecer de uma psicóloga infantil renomada.
Amigos imaginários são personagens fictícios criados pelas crianças, que podem assumir formas variadas, como pessoas, animais ou até seres fantásticos. Eles costumam aparecer entre os 3 e 7 anos de idade, um período em que a imaginação das crianças é extremamente ativa.
Esses companheiros de brincadeiras não são apenas fruto da fantasia, mas desempenham papéis importantes no desenvolvimento infantil. Eles ajudam as crianças a explorar e entender o mundo ao seu redor, além de servirem como ferramentas para lidar com emoções complexas e situações sociais.
De acordo com a psicóloga infantil Dra. Maria Lúcia Silva, “os amigos imaginários são uma maneira pela qual as crianças praticam habilidades sociais, expressam seus sentimentos e enfrentam medos ou ansiedades. Eles proporcionam um espaço seguro onde a criança pode experimentar diferentes papéis e situações”, comentou.
Embora ter um amigo imaginário seja uma parte normal e saudável do desenvolvimento infantil, é natural que os pais se perguntem se há motivos para preocupação. A Dra. Maria Lúcia Silva esclarece que “é importante observar o comportamento geral da criança. Se ela mantém relações sociais saudáveis com amigos reais, participa de atividades apropriadas para sua idade e mostra-se feliz e funcional em seu dia a dia, não há motivo para alarme”, afirmou.
No entanto, a psicóloga alerta que, se a criança parece isolada, evita interações sociais reais ou apresenta comportamentos preocupantes, pode ser útil buscar a orientação de um profissional. “Em casos raros, o amigo imaginário pode ser um indicativo de que a criança está enfrentando dificuldades emocionais ou sociais que necessitam de atenção especializada”, explica Dra. Maria Lúcia.
Para os pais, a melhor abordagem é aceitar e, até mesmo, participar das brincadeiras envolvendo amigos imaginários, sem fazer julgamentos ou repreensões. Isso reforça a confiança da criança e fortalece o vínculo parental.
Dra. Maria Lúcia Silva sugere: “Os pais devem mostrar interesse genuíno nas histórias sobre o amigo imaginário e usá-las como uma oportunidade para entender melhor os sentimentos e pensamentos da criança. Perguntar sobre o que o amigo imaginário gosta ou teme pode revelar muito sobre as preocupações e desejos da criança”, afirmou.
Os amigos imaginários são um aspecto fascinante e, na maioria, positivo do desenvolvimento infantil. Eles ajudam as crianças a navegar pelas complexidades do crescimento, oferecendo um espaço seguro para a expressão e experimentação. Com uma abordagem atenta e compreensiva, os pais podem apoiar seus filhos nesse processo, promovendo um ambiente de crescimento saudável e equilibrado.

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