O mercado comercial para o rádio, outrora robusto, tem enfrentado tempos difíceis nos últimos anos. Com a ascensão das plataformas digitais e o impacto das novas tecnologias, o segmento viu sua receita tradicional diminuir. No entanto, enquanto o rádio luta para manter sua relevância comercial, sua influência política segue em alta, consolidando-se como um importante canal de comunicação e estratégia eleitoral.
Na Costa do Sol, também conhecida como Região dos Lagos, os bastidores do cenário radiofônico estão silenciosamente se transformando. Com prefeituras que se tornaram bilionárias graças aos royalties do petróleo, o interesse político nas emissoras de rádio cresceu espontaneamente. Políticos locais e de fora têm adquirido rádios, mas aqueles que não obtêm sucesso na compra de um canal acabam firmando parcerias com os donos, enxergando nessas parcerias um braço poderoso para impulsionar suas campanhas nas próximas eleições.
Seja de Rio Bonito a Rio das Ostras, ou de Maricá até Macaé, o royalty prospera, tornando o mercado promissor para donos de emissoras e políticos. Se antes o mercado publicitário corria atrás das emissoras, hoje são elas que buscam os polos de desenvolvimento econômico, aproximando-se das regiões em expansão e adaptando-se às novas dinâmicas.
Entre os bastidores do rádio, onde as transformações não param, há sempre espaço para curiosidade sobre grandes nomes que marcaram época nas ondas cariocas. Recentemente, fomos informados de que alguns desses novos donos de rádios — incluindo políticos que estão adquirindo emissoras — teriam sondado um conhecido radialista que fez carreira em veículos como Transamérica, Rádio Cidade, 98 FM, Melodia, Alvorada e Super Rádio Tupi, antes de comprar sua produtora e, posteriormente, se mudar para Saquarema, onde passou a se dedicar a novas empreitadas, como jornalismo e política. Ao fazermos contato com esse profissional, ele negou que tenha sido procurado, mas um amigo próximo brincou: “Talvez hoje o rádio precise mais dele do que ele do rádio”, sugerindo que, mesmo aposentado, seu nome continua sendo um dos mais cobiçados nos bastidores do mercado radiofônico — seja por interesse no rádio, seja por interesse político.
Enquanto isso, nos bastidores do mercado radiofônico do estado, outras histórias curiosas vêm à tona. Uma delas envolve um nome de peso da política nacional, que teria iniciado sua trajetória numa emissora evangélica de grande audiência, mas cujo relacionamento com os herdeiros do fundador não terminou bem. Dizem as más línguas que, agora, esse veterano político está arquitetando uma grande rede de rádios, com ambições de conquistar o público perdido pela antiga emissora. A suposta rede, que já estaria sendo chamada de Rádio Maravilha, traz consigo um simbolismo curioso: seu mentor, famoso por saber “afiar” estratégias, parece não abrir mão de expandir sua influência. Coincidência ou não, quem conhece a história dele diz que sua “alcunha” é bem apropriada para tal ousadia.
A combinação de recursos naturais, crescimento econômico e potencial eleitoral na região tem chamado a atenção estratégica para o rádio e para os políticos que estão por trás dessas emissoras. Mais do que nunca, as ondas do rádio não apenas informam e entretêm, mas moldam narrativas e influenciam decisões políticas, confirmando que, mesmo em tempos de mudança, sua relevância permanece inabalável.